Informes Epidemiológicos Revelam Dados Alarmantes
O estado do Amazonas enfrenta uma situação crítica em relação à esporotricose, uma infecção fúngica que, segundo o último informe epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP), causou uma morte entre 1º de janeiro e 30 de setembro de 2025. Durante esse período, foram notificados 1.895 casos da doença, dos quais 1.469 foram confirmados, enquanto 225 permanecem em investigação. A maioria das ocorrências se concentra na capital, Manaus, que registrou 1.373 casos. Outros municípios, como Presidente Figueiredo (34), Barcelos (26), Iranduba (9), Maués (6), Manacapuru (5) e Itacoatiara (4), também reportaram casos de esporotricose.
A esporotricose, causada por fungos do gênero Sporothrix, representa um desafio de saúde pública, especialmente em relação à sua transmissão. Animais, em particular os gatos, desempenham um papel significativo na propagação da doença. No mesmo período, foram contabilizados 3.797 casos de esporotricose em felinos, com 3.559 confirmados.
Impacto nos Animais e nos Human
Entre os gatos afetados, 1.875 receberam tratamento, enquanto 1.660 foram eutanasiados ou faleceram. Os dados são alarmantes, pois gatos representam 97,4% dos casos registrados. Além disso, a maioria dos felinos infectados são machos, contabilizando 65,4% do total, o que levanta questões sobre o manejo e a saúde dos animais na região.
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A transmissão da esporotricose se dá quando o fungo, presente no solo, na vegetação em decomposição ou na casca de árvores, entra em contato com feridas na pele ou mucosas. Os animais infectados podem transmitir a doença através de arranhaduras, mordidas, lambeduras ou mesmo pelo contato direto com lesões.
Importância da Atenção e Prevenção
Diante deste cenário, as autoridades de saúde enfatizam a importância de buscar atendimento médico ou veterinário imediatamente em casos de suspeita de esporotricose. Para prevenir a infecção, recomenda-se que gatos e cães não andem soltos e que ferimentos na pele sejam tratados rapidamente. A conscientização da população é crucial para conter a propagação da doença.
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Fonte: odiariodorio.com.br
Para coordenar o enfrentamento da esporotricose, foi criado um Grupo de Trabalho que envolve diversos órgãos especializados, como a FVS-RCP, a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, a Fundação Hospital Alfredo da Matta, a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SEPET), a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas.
O informe completo sobre a situação da esporotricose humana e animal no Amazonas é disponibilizado no site da FVS-RCP, com atualizações mensais que visam manter a população informada sobre os riscos e cuidados necessários.