Inovações e Design da Trionda para a Copa do Mundo
Na última quinta-feira, 2 de novembro, a Adidas apresentou oficialmente a Trionda, a nova bola que será utilizada nos jogos da Copa do Mundo de 2026. Com um design que homenageia os três países anfitriões – Estados Unidos, México e Canadá – a bola traz uma proposta inovadora, além de uma conexão com as bandeiras de cada nação. Os tons vermelho, verde e azul são as cores predominantes, representando respectivamente o Canadá, o México e os Estados Unidos, enquanto ícones em alto relevo e linhas onduladas remetem ao nome da bola e ao entusiasmo dos torcedores nos estádios.
Um dos grandes destaques da Trionda é a tecnologia embutida: um chip que comunica informações em tempo real ao VAR. Essa inovação promete não apenas acelerar as decisões de arbitragem, mas também oferecer dados detalhados sobre o desempenho dos jogadores durante as partidas. Essa funcionalidade já foi vista na bola Al Rihla, utilizada na Copa do Mundo de 2022, mas a Trionda traz um aprimoramento significativo ao transferir o sensor para a parede interna da bola, aumentando a precisão das informações coletadas.
Design Revolucionário e Desafio Matemático
A Trionda não é apenas uma bola; ela representa um marco na construção de equipamentos esportivos. É a primeira bola da FIFA composta por apenas quatro recortes de tecido, que são soldados entre si. Para comparação, a Al Rihla utilizava 20 partes costuradas. Essa abordagem não só reduz o número de costuras, como também apresenta novos desafios de engenharia, revelando uma intrincada relação com a matemática envolvida em sua criação.
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Fonte: alagoasinforma.com.br
Historicamente, as bolas de futebol da FIFA são inspiradas em sólidos platônicos. Para serem consideradas adequadas, elas devem atender a três critérios estabelecidos por Platão: ser convexas, ter faces com o mesmo número de arestas e possuir vértices compartilhando a mesma quantidade de arestas. Apenas cinco poliedros se encaixam nessa definição: tetraedro, hexaedro (cubo), octaedro, dodecaedro e icosaedro.
A icônica bola branca e preta, que se destacou na Copa de 1970, é um exemplo de um icosaedro truncado, onde seus vértices são achatados para proporcionar uma forma mais esférica. Por sua vez, a Trionda se inspira no tetraedro, a figura platônica mais simples, composta por quatro triângulos. Embora o tetraedro não seja a forma mais favorável para rolar em um campo de futebol, a Adidas inovou ao deformar seus lados, transformando-os em curvas que favorecem a dinâmica da bola.
Desafios de Aerodinâmica e Feedback dos Jogadores
A última bola que buscou inspiração em um tetraedro foi a Jabulani, que teve uma recepção controversa entre os jogadores devido à sua aerodinâmica imprevisível. Com um design que permitia menos atrito com o ar, a Jabulani se tornou um verdadeiro desafio para os goleiros. A Trionda promete abordar essas questões com seus padrões em alto relevo, que, segundo a Adidas, devem melhorar a aderência em condições molhadas e garantir estabilidade durante o voo.
A confiança no design da Trionda é fruto de mais de três anos de pesquisa e desenvolvimento. Agora, a responsabilidade de validar essa inovação recai sobre os jogadores que estarão em campo durante a Copa. Para aqueles que desejam experimentar a nova tecnologia, a Adidas já disponibiliza a Trionda Pro, modelo que será utilizado em jogos, ao preço de R$ 1.299,99. Para os fãs com orçamento mais limitado, a versão MiNi é uma alternativa acessível, custando R$ 99,99. Assim, a Trionda não é apenas uma bola; é um símbolo da união entre a matemática, a engenharia e a paixão pelo futebol.