André Fufuca é Afastado do PP
O ministro dos Esportes, André Fufuca, foi afastado do Progressistas (PP) nesta quarta-feira, 8 de novembro, após sua decisão de permanecer no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que contrariou as orientações da direção nacional do partido. O presidente do PP, Ciro Nogueira, comunicou que Fufuca está suspenso de todas as atividades partidárias e perderá também o comando da legenda no Maranhão.
Durante um evento ao lado de Lula no Maranhão, Fufuca reafirmou sua lealdade ao governo, dizendo: ‘Eu estou com Lula’. Essa atitude gerou uma forte reação por parte da cúpula do PP, que já havia estabelecido diretrizes para que seus filiados deixassem os cargos no governo, visando a estratégia eleitoral para 2026.
Além de Fufuca, o ministro do Turismo, Celso Sabino, também anunciou que permanecerá no cargo, mesmo diante da possibilidade de expulsão do União Brasil por desobediência às ordens da legenda.
Pressão Partidária e Desobediência às Diretrizes
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As direções do PP e do União Brasil têm pressionado seus ministros a se distanciar do governo Lula. O PP, em nota oficial, informou que a decisão de Fufuca de desobedecer à determinação da Executiva Nacional resultou em seu afastamento imediato de todas as deliberações partidárias, além da vice-presidência nacional do partido.
De acordo com o comunicado, ‘diante da decisão de desobedecer à orientação da Executiva Nacional do partido e permanecer no Ministério do Esporte, o ministro André Fufuca fica, a partir de agora, afastado de todas as decisões partidárias’. O texto ainda destaca que a direção nacional do PP realizará uma intervenção no diretório do Maranhão, o que significa a remoção de Fufuca da liderança do partido naquele estado.
O PP reiterou sua posição de não fazer parte do governo atual, com o qual afirma não compartilhar identidades ideológicas ou programáticas.
O Contexto da Permanência de Fufuca
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Fufuca, que ocupa a pasta do Esporte desde setembro de 2023, foi nomeado para o cargo em substituição a Ana Moser. Sua permanência no governo contrasta com a determinação do partido, que no início de setembro já havia comunicado a necessidade de seus filiados deixarem os cargos em resposta a um movimento maior entre os partidos para se prepararem para as eleições de 2026.
Um comunicado anterior avisava que, em caso de descumprimento da determinação, haveria afastamento imediato dos dirigentes da Federação em seus estados, e, caso a permanência persistisse, seriam aplicadas sanções disciplinares previstas no Estatuto.
Essa exigência surgiu após notícias que alegavam conexões entre Antonio de Rueda, presidente nacional do União Brasil, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), o que gerou um clima de tensão no partido. Rueda, por sua vez, negou essas alegações.
A situação culminou em agosto, quando Lula fez críticas a Rueda durante uma reunião ministerial, um ato que muitos consideram ter sido a gota d’água para a pressão por um desembarque do governo.
Processo de Expulsão de Celso Sabino
Em relação ao ministro do Turismo, Celso Sabino, a cúpula do União Brasil se reuniu na manhã do dia 8 para discutir um processo de expulsão do ministro, que é acusado de infidelidade partidária. O procedimento, aberto no dia 30 de outubro, alega que Sabino ignorou as diretrizes do partido ao permanecer no governo Lula.
Sabino está à frente do Ministério do Turismo há mais de dois anos, tendo sido anunciado por Lula como substituto de Daniela Carneiro em julho de 2023. Ele já havia solicitado sua saída do governo em setembro, mas decidiu permanecer por mais tempo para acompanhar Lula nas agendas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), marcada para novembro no Pará.
O evento deve reunir representantes de diversas nações para discutir estratégias de combate aos efeitos das mudanças climáticas, tornando a permanência de Sabino uma questão de relevância política e estratégica.